terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A História de Stefani

      A linda e absoluta Stefani

Era uma vez, no ano de 1986, no auge das roupas e acessórios coloridos, uma menininha que acabava de nascer em uma família ítalo-americana. Seus pais lhe deram o lindo nome de Stefani Joanne Angelina Germanotta. Porém, um terrível problema de dicção fez com que suas primeiras palavras fossem ma-ma-ma-mãe e pa-pa-pa-pai. Assim, todos passaram a chamá-la de Lady Gaga.

Já na escola, Lady Gaga aprendeu a tocar piano e começou a compor baladas, onde desabafava sobre os coleguinhas que zombavam de seu nariz engraçado e de sua disfemia.

Por volta de seus 17 anos, em uma visita escolar a um laboratório, um acidente aconteceu com a pequena Gaga. O cientista maléfico José Bonifácio Brasil de Oliveira fazia experimentos para estudar seres humanos infectados com o vírus do robertismo, confinando-os em uma casa e observando seus hábitos. Como Gaga era muito curiosa, afastou-se de seu grupo e foi dar aquela espiadinha mais de perto. Como resultado, acabou sendo contaminada pela terrível doença: se tornou uma robert também.

A partir de então, sua vida mudou. Largou uma promissora carreira acadêmica na New York University para se dedicar à vida artística.

Passou a viver nas ruas, de porta de gravadora em porta de gravadora, cantando debaixo das janelas dos produtores musicais mais bombantes. Nessas andanças, conheceu a talentosíssima figurinista Lady Starlight e, juntas, começaram a fazer shows burlescos de pole dance na favela da Portelinha.

Quando descobriu a vida boêmia e promíscua que sua pequena Gaga estava levando, seu pai, decepcionado, a deserdou. Sendo assim, ela passou a viver exclusivamente de sua arte.

Gaga estava escrevendo músicas para artistas famosos, como Fergie, Pussycat Dolls, Britney Spears e Chiclete com Banana (o hit “cara caramba, cara caraô”, do verão de 1996, é dela) e, dessa forma, tornou-se conhecida no show business.

Em 2008, lançou seu primeiro CD, um sucesso mundialmente estrondoso! Todo mundo, do Haiti à Rússia, da Austrália ao Hawaii, ficou sem se perguntando o que seria uma cara de pôquer ou um “disco stick”, mas deixou isso pra lá e foi simplesmente dançar...

Gaga continua por aí, fazendo sucesso e causando polêmica cada vez que a doença do robertismo resolve atacar, dizendo que tem um voluminho a mais dentro dos bodys que usa pra se apresentar, defendendo a causa gay e indo à missa vestida de piriguete, mas acredita-se que, assim, ela viverá feliz para sempre. Então tá, né?

Reza a lenda que ela virá ao Brasil em 2010 e um passarinho me contou que tem uma outra tal de Stefani que tá se roendo todinha de inveja. Mas isso já é assunto para outro post, não é m-m-m-mesmo?

Fonte: a mais duvidosa possível, Wikipédia.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Fashion, mode, MODA

Quando pretendemos dizer que uma coisa é passageira, efêmera, sem pensar duas vezes dizemos: "Ah, é só uma modinha". Mas afinal, o que é moda? Mais do que isso, o que é "a Moda"?

"Moda" é um termo que vem do latim modus, e significa algo como "maneira", "modo". Durante muito tempo, muito tempo mesmo, a moda foi vista como algo fútil, que supervaloriza a aparência, sendo portanto superficial. Mas não é bem assim, você não acha? Não podemos simplesmente ignorar as implicações psicológicas, antropológicas e sociais que a moda carrega consigo. A maneira como as pessoas se vestem, se perfumam, se penteiam ao longo do tempo diz muito sobre a época, o lugar e a sociedade em que vivem, além, é claro, de mostrar a personalidade de cada uma.

Existe uma frase creditada a Leon Eliachar que diz "Com a primeira folha de parreira surgiu o primeiro problema da moda feminina: onde colocá-la?". De fato, a moda surgiu na pré-história, quando o primeiro ser humano descobriu que usar pele de animais para cobrir seu corpo o manteria protegido do clima. Desde então, as vestimentas mais raras e difíceis de se conseguir davam mais status a quem as possuísse.

Na Idade Média, a moda começou a ter esse teor de "imitação". Com o desenvolvimento das cidades e do comércio, a burguesia enriquecida queria se vestir como os nobres, que inventavam algo novo pra se diferenciar da burguesia, e por aí vai.

A Idade Moderna chegou pra romper com todos os conceitos medievais. Era a época das Grandes Navegações e o tom avermelhado das roupas, conseguido à base do bom e velho pau brasil, era o mais in da época. Só os mais nobres podiam usar, ou melhor, pagar. No fim desse período surge um personagem que viria a ser de suma importância para o mundo da moda: Luís XV, que inventou nada mais nada menos que o salto alto. Esse mesmo, leitora, aí debaixo dos seus pezinhos. Nessa época também era moda usar perucas enormes, babados mais enormes ainda, enfim, rococó total, além dos (imagino eu) sufocantes espartilhos. Maria Antonieta, vivida lindamente no cinema pela não menos linda Kirsten Dunst, também fez história no mundo da moda, reafirmando o esplendor do rococó.

Nas décadas de 1920 e 1930, os tais espartilhos caíram em desuso. As saias encurtaram, e os colos começaram a aparecer. As tendências de maquiagem eram a pele claríssima, como uma tela em branco, a boca carmim, os olhos marcados e as sobrancelhas bem feitas. Hollywood estava em alta, e as grandes estrelas ditavam a moda (alguma semelhança com a atualidade? hehehehe). Os tecidos usados eram leves, para dar mais mobilidade e permitir movimentos de dança. Isso mesmo, as melindrosas (mulheres modernetes da época) quebravam tudo nos salões de jazz. O padrão de beleza feminino era o da mulher sem curvas, com seios pequenos e quadris discretos. Os tornozelos à mostra é que davam arrepios nos rapazes. Ui. O grande nome da época foi, indiscutivelmente, a estilista Coco Chanel. Seus cortes retos, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos eram o máximo, e sua grife continua chiquérrima até hoje (alguém duvida?).

Os anos 40 e 50 foram marcados pela influência das atrizes de Hollywood sobre a moda. Dois estilos distintos prevaleciam: o das ingênuas chiques, caracterizado pela naturalidade e jovialidade de Grace Kelly e Audrey Hepburn, e o estilo sensual e fatal, das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com seios fartos. As divas Marilyn Monroe e Brigitte Bardot eram experts em misturar os dois estilos, sendo devastadora a combinação de ingenuidade e sensualidade.

                

Nas décadas de 60 e 70, eram as estrelas da música que inspiravam a moda. A busca pela liberdade era expressa nas estampas florais, nas cores alegres, que pregavam "paz e amor", lema da juventude da época. A maquiagem também era bem natural, mantendo a descontração do look, exceto pelos olhos bem marcados. A diva Janis Joplin era ícone fashion pra garotada hipponga.

Os anos 80 chegaram carregados de cores fortes, acessórios flúor e maquiagem extravagante e carregada. Mas era tudo de bom! A New Wave chegou com a tecnologia (ou o que eles imaginavam ser tecnologia na época...), trazendo tecidos e outros materiais sintéticos, como o acrílico, o plástico e a lycra, cores cítricas e estampas que imitavam pele de animais. A onda da "geração saúde" também veio com tudo. A malhação e o culto ao corpo trouxeram pra moda as leggins, polainas, sapatilhas e headbands coloridas. Olivia Newton-John e seu "Physical" que o digam, né? As celebridades da música também foram ícones, como as divas Madonna e Cyndi Lauper (e a Mari Moon achando que seus cabelos coloridos eram a cara da originalidade...). Já as bandas de rock brazucas, como Barão Vermelho, Blitz e RPM, ditavam moda por aqui.

Até a metade dos anos 90, os exageros ainda prevaleciam. As inovações ficaram por conta dos novíssimos jeans coloridos e das blusas segunda-pele. Dessa forma, a lingerie foi posta em evidência e novas peças foram lançadas com o intuito de ficarem à mostra (quem acha que os sutiãs em forma de cone da Madonna têm a ver com isso levanta a mão... \o_). O movimento grunge, aquele do Nirvana, também influenciou a moda. As calças e bermudas largas, além, é claro, das camisas de flanela xadrez dos adolescentes da região de Seattle viraram febre no mundo todo.

Os anos 2000 foram marcados pelo surgimento de grandes nomes brasileiros nas passarelas mundiais, como a super, top, über model, Gisele Bündchen. Alguém duvida que o reinado dela ainda está longe de acabar? Além dela, nossas celebrities preferidas mostraram que entendem tudo de moda, e os paparazzi nos ajudaram muito clicando as fofas em suas produções mais inspiradoras... Vai dizer que nunca quis sair de casa vestida igual à Lindsay, ou à Miley, vai?

Indiscutivelmente, a moda mudou muito ao longo do tempo, mas continua fascinando o mundo todo e esse é um mercado que movimenta milhões e milhões a cada dia. Olhando assim, não parece mais tão fútil e superficial, não é mesmo?

x.o.x.o.

Mari

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Retrospectiva 2010 (Han? já?)

Pois então, povo!

Esses aspirantes a bloguieros que vos falam ficaram beem desapontados semana passada…

Numa dessas inúmeras Retrospectivas 2009 que passam na TV Globo, simplesmente IGNORARAM mortes que merecem ser lembradas! Como assim, não falar de Les Paul, importantíssimo na música com a guitarra elétrica? Brittany Murphy, Leila Lopes… Até mesmo o Lombardi foi simplesmente… suprimido!

 

Pensando nisso, esse blog vai acompanhar de perto as mortes e acontecimentos de 2010, e comparar a NOSSA retrospectiva com a da “Vênus Platinada”, para corrigir injustiças que possam vir a ser cometidas!

Começando 2010, então, já tivemos o desastre em Angra dos Reis, com o deslizamento de terra, que atingiu várias casas…

E, com menos de 1 semana, 2 mortes importantes…

Roberto Roney – Humorista, aos 70 anos; Participou da “Escolinha do Professor Raimundo”.
Casey Johnson – Socialite, aos 30 anos; Herdeira da “Johnson & Johnson”, estava noiva de Tila A Shot of Love Tequila.

Estamos de olho!

Marileto.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Método fácil de aprendizagem de violão

 

Para quem está começando a tocar violão, é muito difícil achar músicas possíveis para tocar, com tão poucos acordes que se consegue fazer maldita pestana PQP.

E se, com apenas 4 acordes, você tocasse quase 40 músicas? Os australianos do The Axis of Awesome fizeram um vídeo que se tornou clássico no youtube, usando 4 acordes para tocar 36 músicas!

Para ps interessados, os acordes são E, B, C#m e A. Se conseguir aprender pelo menos essas notas, olhe só o que vc pode fazer:

(Abaixem o volume em A-Ha - Take on Me… adoro essa música, mas o vocalista…¬¬)

Abraços,  Mileto ^^

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Venenosa

Hi, there!!
Como prometido, vcs agora irão conhecer a história de Laura, a menina morta que não encontrou nadica de nada de luz, muito pelo contrário. Ela ainda tem muuuito o que resolver aqui nesse planetinha azul, cheio de coisas tão estranhas quanto rolhas, funk carioca, ursos polares e adolescentes no ensino médio. Espero que aproveitem!! =)

*Ah, como brinde, aí vão o prólogo e a primeira parte da história, de uma vez só. ^^

Prólogo

De repente, eu não acordei.

Era uma quarta-feira, 7:15 da manhã. Eu deveria estar na escola, ou, na pior das hipóteses, atrasada para ir à aula. Mas, ao invés disso, lá estava eu, deitada em minha cama, sem me mover. Aliás, não foi por falta de tentativas. Eu lutava com todas as minhas forças para me levantar, me arrumar e seguir até a escola, mas todo o esforço era inútil: eu permanecia imóvel.

Se aquele fosse um dia normal, eu teria acordado às 6:03 (sim, eu adorava programar o despertador para apitar nos horários mais estranhos possíveis), ido até o banheiro para arrumar meu cabelo e me trocar, tomado leite com Toddy, conferido se estava levando tudo que era necessário no dia, me despedido da minha mãe e ido embora. Chegaria na escola, me sentaria no meu lugar e esperaria. Esperaria a aula começar. Esperaria a aula acabar. Esperaria a hora do almoço. Esperaria a hora de ir pra casa. Esperaria. Acontece que passei toda a minha vida esperando, e nada de extraordinário aconteceu.

Eu sentia meu corpo pesado como chumbo, não conseguia mover um músculo sequer. Depois, fui me sentindo leve, muito leve, até que já não me sentia. Eu podia observar meu próprio corpo do alto, como se não fosse meu corpo.

Passei por situações horríveis na vida (não tantas, mas algumas muito ruins) e lhes digo: NADA foi pior do que ver aquilo. Minha mãe chegou no quarto para ver o que estava acontecendo, por que eu ainda não havia me levantado, e eis que ela realmente viu.

Eu estava morta.

Não pretendo entrar em detalhes do acontecido, já que nem eu mesma sei explicar o que houve. Apenas devo dizer que os dias que sucederam minha morte foram os mais incríveis. O mais inimaginável, improvável, aconteceu: nunca, em vida, estive tão contente e satisfeita.

 

 

Christie

Aparentemente, ninguém imaginava que aquilo fosse acontecer. Alguns receberam a notícia com um misto de surpresa e tristeza. Outros nem sequer se abalaram, mas fingiam que havia sido uma grande perda.

Mandaram rezar uma missa pela minha alma. A escola inteira compareceu, até mesmo pessoas que eu nunca havia visto. Durante a cerimônia, a maioria estava se sentindo mal. Talvez por acharem que deviam ter me dado mais atenção enquanto eu estava viva, não sei. Outros choravam ao ouvirem as palavras do padre.

Mas, de todos os presentes, a pessoa que mais me chamou a atenção foi Christie. Ela se sentou em um dos primeiros bancos, próxima à minha família. Chorava copiosamente. Aliás, durante o tempo em que convivi com ela, se dizia sensível, até chorona demais. Mas a verdade é que nunca havia a visto chorar (até aquele momento). Seu rosto estava diferente. Estava com enormes olheiras negras sob os olhos, sem nenhuma maquiagem, pálida. Usava um vestido azul-marinho, completamente diferente das roupas que costumava usar. Talvez ele estivesse enfiado no guarda-roupa há muito tempo, ou talvez ela o tivesse pedido emprestado a alguém. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo simples, até feio. Nem sequer parecia a linda bonequinha que eu havia conhecido.

Quando entrei para a escola onde estava fazendo o ensino médio, ainda não a conhecia. Pra falar a verdade, não conhecia ninguém. Mas ela já era cheia de amigos, na nossa e em outras turmas. Segundo uma vez me disse, ela estava decidida a ser popular no colégio desde o dia em que nele ingressou.

Quando estávamos mais familiarizadas com as colegas, – era uma sala somente de meninas – percebi que não ia com a cara dela. Falava alto, ria alto, andava como se não se importasse com mais ninguém. Matava aula para conversar com os amigos nas escadas e nos corredores. Aquilo me irritava.

Era linda. Já ouvi inúmeras estórias de colegas nossos que tentaram alguma coisa com ela. Com um deles, Enis , ficou um bom tempo. Fiquei sabendo que terminaram e voltaram várias vezes antes do fim definitivo. Sempre havia alguém apaixonado por ela. Se mostrava sempre meiga, simpática, sorridente e alegre. Isto é, apenas com os amigos.

Certa vez fizemos um trabalho em grupo. Mal nos falamos. Eu deveria passar o texto a limpo e enviá-lo por e-mail para o professor, mas eu não havia anotado o endereço. Ela anotara, e eu fiquei de ligar para ela para saber qual era. Liguei, porém não me atendeu. Agira friamente. Tal impressão ficou em minha mente por muito tempo.

Com o passar do tempo, fui me aproximando mais dela. Era realmente muito carismática, uma ótima companhia. Nos tornamos melhores amigas. Eu lhe contava todos os meus segredos (bem, não todos, pois a gente nunca conta todos os nossos segredos para ninguém) e ela também me contava coisas sobre sua vida. Junto com a Sally, nos tornamos inseparáveis. Sem perceber, fui me transformando em uma delas. Ouvia as mesmas músicas, me vestia da mesma maneira, assistia aos mesmos programas. Éramos como irmãs. Além de juntarmos nossas carteiras durante as aulas, almoçávamos juntas todos os dias e à noite entrávamos na internet para conversar. Nunca nos faltou assunto. Dormi na casa da Christie uma vez e mais uma na casa da Sally. Às vezes, combinávamos de sair nos fins de semana e nunca ficávamos mais de um dia sem nos falar. Irritávamos professores e colegas com nossas intermináveis conversas. Toda a sala nos desprezava. Algumas nos achavam fúteis, outras nos achavam chatas. Outras simplesmente tinham inveja de tanta amizade.

Juntas, superávamos todas as dificuldades que surgiam. Éramos uma equipe, um time. Não éramos ninguém se não fôssemos todas.

Dias antes da minha morte, eu cheguei na escola e elas já estavam sentadas em seus lugares, conversando. Tentei puxar um assunto qualquer (ultimamente estava faltando assunto), mas não obtive grandes reações. De repente, elas pareciam me ignorar. Não me chamavam mais para sair da sala com elas, falavam baixo perto de mim para que eu não ouvisse, estavam frias e distantes. E o pior: eu nem sabia o que havia feito, se é que havia feito algo de errado. Sofri muito, sem ter com quem desabafar, já que elas eram minhas únicas amigas.

No final das contas, morrer tinha suas vantagens. Uma delas era que eu podia, agora, saber o que é que as pessoas estavam pensando. No final da missa em minha homenagem, pude entender o motivo pelo qual Christie chorava. Ela estava sentindo algo que nunca antes havia sentido: estava arrependida.

xoxo

Mari